Virou senso comum dizer que o número de besteiras publicadas na internet tende a ofuscar as coisas bacanas que a gente acaba perdendo o contato. Na verdade, não sei como isso pode ser um problema. De fato há uma avalanche de besteiras sendo publicadas o tempo todo, mas nós não somos necessariamente obrigados a encará-las.
Os filtros estão ficando melhores. Começando pelos filtros humanos. Se reclamamos que só aparece coisa chata na timeline do Facebook ou do Twitter, é porque só seguimos pessoas chatas. E se você só segue os seus amigos e mesmo assim continua aparecendo só conteúdo que não lhe acrescenta nada, conforme-se: você só tem amigos chatos. O grande barato das redes sociais como filtro de mídia é que podemos escolher quem são nossos curadores de conteúdo.
É por isso que, mesmo sem conhecer pessoalmente, seguimos os posts dos nossos ídolos. De alguma forma, eles já vêm com uma chancela que tudo que publicarem nos será útil.
Curadoria de conteúdo é isso. Quem define se ela está sendo bem ou mal feita é o usuário… Produtores de bom conteúdo existem aos montes e têm cada vez mais voz. E em um meio tão democrático como a internet, o filtro passa a ser tão importante quanto a mensagem em si.
Nada mais é do que o que a home de grandes portais faz por nós há muito tempo: facilitar e centralizar a forma com que o usuário pode encontrar as informações mais relevantes. Mas as pessoas são diferentes e têm gostos diferentes. E a personalização dessa curradoria que acaba fazendo toda a diferença…
